Santa Rita segue como cidade muito violenta




Os últimos dados da Secretaria de Estado da Segurança e Defesa Social confirmam que Santa Rita é uma cidade extremamente violenta. Foram 80 homicídios (Crimes Violentos e Letais Intencionais – CVLI) de janeiro a julho deste ano, de um total de 914 no estado todo. Santa Rita ocupa solidamente o 3º lugar depois da capital e de Campina Grande. Esta triste realidade é comprovada no Mapa da Violência 2013, publicado recentemente.

Santa Rita ocupa o 27º lugar entre os municípios brasileiros com mais de 20 mil habitantes por número do homicídios, representando uma taxa de 90,8 homicídios a cada 100.000 habitantes. Dado mais assustador ainda diz respeito aos homicídios de jovens: neste quesito Santa Rita é 13º de todos os municípios, com fortes aumentos nos últimos anos e uma taxa de 217,2. Taxas assim são piores que as de zonas em conflito bélico.

A Grande João Pessoa tem a segunda maior taxa de homicídios em 100 mil habitantes entre as capitais, segundo a pesquisa. Além disso, a Paraíba ocupa a terceira posição no ranking dos homicídios de negros no Brasil. A este respeito, é de bom auspício que o estado seja o segundo a aderir ao Plano Juventude Viva, cujas ações visam reduzir a vulnerabilidade dos jovens a situações de violência, a partir da criação de oportunidades de inclusão social e autonomia.

O Juventude Viva vai ser desenvolvido em Santa Rita, João Pessoa e mais quatro municípios que juntos contabilizam 68,15 % dos homicídios do estado. Para quem quer acompanhar os dados da Secretaria de Segurança: http://static.paraiba.pb.gov.br/2013/07/Boletim_trimestral_CVLI_2013_2Tri.pdf

Movimento pelo Direito de Santa Rita


A Universidade Federal da Paraíba está chegando a Santa Rita com um Curso de Direito e o OOPPS! está empenhado no acompanhamento e fiscalização do processo de efetivação. A construção do campus encontra-se em fase avançada, junto à BR-230 e com previsão de entrega para dezembro.

Com a implantação de um curso estrategicamente escolhido por nossa juventude e que deve trazer diversos benefícios, nossa cidade começará a respirar novos ares. Entre os benefícios sinalizamos: 1) Extensão universitária, que trará à comunidade projetos de formação e defesa dos direitos, com troca de saberes e assistência jurídica; 2) Pesquisas, com o propósito de levantar e avaliar, por exemplo, como se dá o acesso à justiça em nossa cidade; 3) Práticas jurídicas e estágios, tendo como objetivo fortalecer e dinamizar os serviços do Ministério Público e da Defensoria Pública – já existe projeto para 20 vagas em breve; 4) Espaços de discussão / reflexão / intercâmbios abertos à sociedade sobre temas de grande importância social e por vezes polêmicos a exemplo da redução da maioridade penal e o aborto.

A união de todos se faz importantíssima neste momento, pois forças políticas se levantam contra a vinda do curso, o que está levando uma comissão formada tanto pela Universidade, com presença da Reitora, quanto pela sociedade civil organizada e poderes representativos da cidade de Santa Rita a Brasília. Corremos fortes riscos, mas acreditamos na força de nosso povo na forma de pressão em nossos representantes para que possamos viver novos dias com nosso Campus de Direito da UFPB.

Fonte: Boletim do OOPPS! (Observatório de Orçamento e Políticas Públicas de Santa Rita) - Ano 2 - Número 01 - Agosto/2013

SANTA RITA TAMBÉM FOI PARA A RUA

Por certo vivenciamos uma conjuntura política peculiar nesses últimos períodos de tempo! É possível que desde as “Diretas Já”, na década de 80, não tenhamos visto mobilizações de rua tão intensas em pauta.

Movimentações que surgiram no seio de uma juventude oriunda dos setores da classe média, foram tomadas, aos poucos, pelos movimentos sociais e pela sociedade civil organizada que estão nessa luta histórica.

Mas a disputa sobre os rumos dessas mobilizações ainda não está de todo resolvida, sobretudo diante dos bombardeios ideológicos que esses atos vêm sofrendo.

Em Santa Rita, a conjuntura se deu da mesma forma, e hoje, o MPL (Movimento Passe Livre) tem conseguido manter o foco e as diretrizes das movimentações, em cada reunião e articulação política. Contudo, percebemos que é tempo de unidade dos movimentos para uma massificação do movimento e a ampliação das bandeiras de luta, baseadas nas atividades e demandas concretas de cada movimento social disposto a construir suas lutas.

A bandeira da luta pelos transportes tem sido central nesse momento, por estar se colocando como o elo de uma possível unidade e também como um ponto de partida para demandas cada vez mais estruturais.

É chegado o momento ideal para todos os setores comprometido com o povo que historicamente constroem as lutas em nossa cidade, se unirem em torno de objetivos comuns como: o aprofundamento e unificação de uma plataforma de reivindicações para avançarmos cada vez mais nas transformações estruturais do modelo social, político, econômico e cultural no nosso município.

Fonte: Boletim do OOPPS! (Observatório de Orçamento e Políticas Públicas de Santa Rita) - Ano 2 - Número 01 - Agosto/2013