CEDHOR desenvolve projetos com mulheres


 Junto ao projeto sobre segurança pública como direito humano, o CEDHOR vem acompanhando há anos o Projeto Sabão Ecológico e promovendo este ano atividades de educação para a Saúde da Mulher. Um grupo de mulheres integram sua renda familiar com a produção de sabão e detergentes caseiros com o apoio e a assessoria da equipe do CEDHOR.

 Graças à ajuda de um grupo solidário da Itália, o projeto recebe agora um grande impulso com a compra de uma máquina que permitirá uma produção bem maior e de mais qualidade. Várias oficinas com mulheres foram realizadas na sede do CEDHOR e nos postos de saúde do bairro sobre temas ligados à saúde da mulher como prevenção ao câncer e às doenças sexualmente transmissíveis, planejamento familiar e nutrição saudável.

As mulheres da comunidade demonstram grande interesse em aprender a se cuidar melhor. Este projeto também foi possível através da solidariedade de amigos italianos. Mais projetos como estes seriam possíveis se tivéssemos uma equipe maior! Por certo a necessidade não falta!

Festival de Artes em Souza encerra projeto


 Com o lema “Todos contra a violência”, realizou-se o segundo Festival de Artes em Direitos Humanos na cidade de Sousa, no alto sertão da Paraíba, como parte do projeto que o CEDHOR desenvolveu em parceria com o Fundo Brasil de Direitos Humanos (São Paulo). Foi a atividade conclusiva e o momento mais alto de todo esse processo de educação para os direitos humanos, que teve como tema: “Segurança Pública: direito seu, meu, nosso!”.


O evento e seu sucesso só foram possíveis em função da colaboração das entidades que atuam com a juventude, a cultura e os direitos humanos naquela longínqua cidade. Destacam-se a Secretaria Municipal de Cultura, a Primeira Igreja Batista e a associação artística do Conjunto Frei Damião, comunidade que sofre pela pobreza e a discriminação.

 
Mais de dez grupos de jovens e crianças apresentaram suas músicas, danças e grafites, deixando sua mensagem contra a violência policial, as injustiças sociais e em favor da vida e da paz. Apareceu com força a riqueza cultural e humana de grupos às vezes marginalizados e a existência de um vibrante movimento social naquela região.


Foram amplamente recompensadas a fé e a coragem que precisaram para organizar tal evento apesar da distância e outras dificuldades. O festival foi agraciado com a presença de Beth Gelb, voluntária de Anistia Internacional da Espanha. Após este evento o CEDHOR prestou contas do projeto inteiro que teve duração de um ano e que foi avaliado como extremamente positivo.

COOREMM espera apoio da Prefeitura

A Cooperativa de Reciclagem de Marcos Moura está em fase de consolidação e expansão da sua atividade econômica e social tornando-se cada vez mais referência do sucesso no âmbito da reciclagem dos resíduos sólidos, da proteção ao meio ambiente e da promoção humano-social dos seus cooperados. Vencido o momento difícil seguido aos assaltos em série sofridos alguns meses atrás – a segurança foi reforçada com novos cuidados e instalações – Irmão Chico e sua equipe estão se empenhando para conquistar o apoio político e financeiro da Prefeitura de Santa Rita conforme manda a Lei de Resíduos Sólidos de 2010.

A Cooremm apenas quer que os gestores públicos cumpram a lei e reconheçam a importância socioeconômica do seu trabalho assim como já faz a comunidade. A cooperativa tem se beneficiado com a colaboração concreta de voluntários e amigos que passaram semanas junto ao pessoal, como a dentista Luna e a educadora Rosa do Espírito Santo, a educadora Rita do Rio de Janeiro e o técnico Ângelo da Itália.

Além disso, os catadores e catadoras marcaram forte presença nas Conferências do Meio Ambiente, com o tema dos Resíduos Sólidos, inclusive elegendo o catador Reginaldo para a etapa nacional da Conferência, em Brasília-DF, em outubro deste ano.

Ministra de Direitos Humanos visita Paraíba


O Estado da Paraíba vem ocupando a mídia nacional com notícias e dados preocupantes de violações de direitos humanos que têm a ver com a situação prisional, casos de tortura, violência contra a juventude negra, mulheres e homossexuais, opressão das comunidades tradicionais, elevadíssimas taxas de homicídios e envolvimento de policiais com o crime organizado. Diante desse quadro a Ministra da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, Maria do Rosário, visitou oficialmente a Paraíba por intermédio do Conselho Estadual de Direitos Humanos.

Em audiência pública, com numerosa participação, a Ministra ouviu os relatórios e as denúncias de quinze segmentos organizados da sociedade civil paraibana, cada um com sua problemática. Emergiu um quadro grave expondo a falta de uma políticas integrada e efetiva de defesa dos direitos humanos dos grupos mais vulneráveis por parte do governo.

Porém, foi animador ver a força concentrada dos movimentos sociais, os mesmos que estão se manifestando nas ruas desde as grandes mobilizações de junho passado. Qualquer avanço na luta dos direitos humanos é fruto da participação e da pressão dos cidadãos e das cidadãs frente aos poderes públicos.

CEDHOR participa da luta por campus universitário em Santa Rita-PB


Vem de muitos anos a luta dos jovens e das entidades sociais de Santa Rita para trazer um Campus da Universidade Federal da Paraíba para o município. A implantação do ensino superior sempre foi almejada como um potencial e potente estimulador de desenvolvimento socioeconômico e cultural-humano da comunidade.

Já existe o curso de Direito de Santa Rita funcionando provisoriamente há quatro anos no centro da capital, à espera que a estrutura fique pronta. Agora a construção está em fase avançada de realização, em um local de fácil acesso, com previsão de ficar pronta até o final deste ano.

Há porém ainda alguns obstáculos burocráticos a serem superados, bem como “resistências” de alguns professores e estudantes do Curso que acham incômodo e “perigoso” transferir-se para esta cidade. Santa Rita integra a região metropolitana da capital paraibana e merece a mesma atenção política que as áreas mais centrais e menos carentes.

O CEDHOR faz parte desta bonita história de luta desde seu começo e hoje está junto aos movimentos estudantis e comunitários para a conquista definitiva, e também muito próxima, do campus universitário em Santa Rita.

Título de Cidadã Paraibana a Valdênia

Por iniciativa da deputada estadual Iraê Lucena, a Assembleia Legislativa da Paraíba concedeu neste mês a Valdênia o título de Cidadã Paraibana. Foi reconhecida a grande contribuição dada por Valdênia, durante cinco anos na promoção dos direitos humanos e dois anos como Ouvidora de Polícia, para o avanço da cidadania da população menos favorecida e das vítimas de violações de direitos básicos por parte das instituições públicas na Paraíba.

A deputada celebrou em seu discurso de abertura, diante do plenário lotado, “o nascimento de uma ilustre paraibana” e agradeceu a Valdênia por ter escolhido “este pedacinho de Nordeste como o seu lar”. Exaltou a trajetória de vida e de luta de Valdênia e seu trabalho no Estado, particularmente como primeira mulher a ocupar o cargo de Ouvidora de Polícia. Valdênia respondeu afirmando que o título é importante por ter a ver com identidade: “Aprendi a me identificar com o povo daqui em sua luta pela cidadania plena. Com este título sinto-me ainda mais próxima e com mais responsabilidade, pois você quando ama, cuida”.

Valdênia utilizou o momento de sua fala para passar imagens de pessoas e lugares onde ela atuou para favorecer o acesso à justiça e à cidadania dos grupos mais excluídos, cujos representantes estavam presentes. Mais do que todos, estas pessoas sabiam o quanto Valdênia merecia o reconhecimento. Valdênia dedicou a homenagem a todos e todas que, com ela e como ela, lutam diariamente para que a cidadania plena se torne realidade para toda a população da Paraíba.

Mudanças no CEDHOR


Já falamos aqui sobre os preconceitos e as perseguições que frequentemente afligem os defensores de direitos humanos. Percebe-se de fato não apenas a existência de oposições pontuais, como também de uma estratégia de criminalização dos que lutam pelos direitos e a justiça social. Quem a sustenta são o poder público, setores conservadores da sociedade, os grupos que detêm o poder econômico e os meios de comunicação a eles aliados.

O CEDHOR não anda isento, sinal que faz um trabalho bom contra as violações dos direitos básicos que assolam as pessoas mais humildes e os grupos mais vulneráveis. A entidade já sentiu a perseguição na forma de ações judiciais contra seus membros. Valdênia em particular vem sofrendo ataques pessoais, injúrias e ameaças contra sua vida, especialmente pelo seu trabalho inovador e corajoso à frente da Ouvidoria de Polícia. Por esta razão ela e Renato irão se afastar por um tempo da Paraíba, sem deixar porém de colaborar com o CEDHOR. Este continuará firme na sua caminhada a serviço da população de Santa Rita e como entidade de referência na luta dos direitos humanos dentro deste estado.